A Casa trabalha a 50% das suas obrigações mínimas e ninguém fala nada!

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Na sessão plenária de hoje (14), o vereador Ricardo Young (PPS) mostrou-se bastante indignado com a ineficiência dos trabalhos no Plenário da CâmaraMunicipal de São Paulo neste segundo semestre.

Ricardo expôs aos seus colegas alguns questionamentos que têm chegado ao seu mandato por meio de seu Conselho Político e de seu padrinho no projeto Adote um Vereador.

Ele aproveitou o momento ainda para dirigir críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao vereador petista Paulo Fiorilo, que acabara de deixar o púlpito.

“Gostaria de me dirigir ao vereador Paulo Fiorilo (PT), que fala tanto da importância dos partidos, de se ter uma vida partidária ativa, e de que os políticos sigam a doutrina de seus partidos. Quero lembrá-lo que, para que isso seja feito, o próprio PT tem que rever a sua política de alianças, porque não parece que o PT tenha primado pela esquerda nestes acordos. Ao contrário. Mas esse não é o tema central de minha fala.

O tema central é que eu tenho um Conselho Político externo, que a exemplo de auditorias, supervisiona meu mandato e me cobra. Também tenho um padrinho no programa Adote um Vereador, que segue meu mandato e me cobra.

Vou apresentar para vocês o que eles me cobraram em uma reunião do Conselho que realizamos ontem.

Em agosto, cinco das oito sessões ordinárias do mês caíram por falta de quórum. Isso representa 62% do total de sessões por mês.

Em setembro, seis das 11 sessões ordinárias do mês caíram pelo mesmo motivo. Isso representa 54% das sessões.

Em outubro, duas das quatro sessões ordinárias que já foram realizadas no mês, caíram por falta de quórum. Isso representa o total de 50% das sessões do mês vigente. Isso em relação às sessões ordinárias.

Agora em relação às sessões extraordinárias, de agosto a outubro foram realizadas somente cinco sessões extraordinárias: uma em agosto, três em setembro e uma em outubro. As sessões de agosto e outubro caíram por falta de quórum.

Setembro foi o único mês com sessões extraordinárias efetivamente realizadas depois do recesso. Ou seja, 40% das poucas sessões extraordinárias do trimestre caíram por falta de quórum.

Se nós formos olhar para os projetos, em agosto somente um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) foi aprovado. Todos os demais projetos aprovados depois do recesso foram votados em setembro, quando, impulsionada pela matéria do Estadão, esta Casa resolveu trabalhar de maneira mais efetiva. Em outubro, não votamos ainda nenhum projeto.

E quanto isso custou para a municipalidade?

A Câmara custa 574 milhões por ano, sendo que o custo diário R$ 1,4 milhão. O salário mensal de cada um de nós vereadores é de R$ 15 mil. E a verba mensal de gabinete de R$ 139 mil.

Apresento esses dados porque tanto o meu Conselho Político, como o meu padrinho do Adote um Vereador, não admitem essa situação!

E agora, o líder da bancada do Governo, que tem a maioria na Casa, como é que não garante a realização das sessões? Eu gostaria de saber por que a maioria da Casa não garantiu as sessões? A Casa trabalha a 50% das suas obrigações mínimas e ninguém fala nada!

Eu gostaria de compartilhar com vocês porque, assim como eu fui cobrado, eu acho que cada um aqui deveria se cobrar a responsabilidade de tornar a produtividade desta Casa mais efetiva, o cumprimento das agendas mais efetivo, a produção legislativa mais efetiva, para que possamos ter nesta Casa um exemplo de Parlamento e não um espaço que ao sabor da temperatura política se paralisa e se omite no processo. Muito obrigado!”

Para ler a apresentação completa, clique no link: http://goo.gl/linrEM 
(Clicando na lupa ele fica grande o suficiente para ser lido)

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